Igualdade Racial – Introdução

Dê a sua opinão sobre esta proposta

* * * ½   9 votos

Votos

Os indicadores sociais referentes à vida da população negra demonstram a situação de desvantagem à qual ela está submetida, não se restringindo, apenas, à situação socioeconômica. As desigualdades são frutos de uma estrutura social racista e excludente. No Brasil os fatores determinantes das condições de pobreza intensificam-se nas diferentes regiões, mas há algo comum: os negros residem em áreas menos desenvolvidas.

Em termos absolutos a maioria dos negros está nas regiões Norte e Nordeste. Mas se olharmos o mapa da exclusão sob o prisma da desigualdade racial, temos que os negros também são a maioria nas regiões periféricas das grandes cidades.

Diante desta realidade inúmeros esforços vêm sendo realizados para reverter esse quadro e devemos considerar as lutas travadas pelos movimentos negros e de mulheres negras.

A frente da Secretaria de Participação e Parceria, Ricardo Montoro tirou do papel, depois de 25 anos, o Conselho de Gestão da Cone – Coordenadoria dos Assuntos da População Negra, criou o Centro de Combate ao Racismo e, dentre muitas outras ações, ofereceu bolsa de estudos para afrodescendentes em parceria com o SENAC.

Nossa luta futura é garantir que as políticas de ações afirmativas se transformem em políticas de Estado. Neste momento, em que discutimos os processos sucessórios é de extrema importância nossa participação sugerindo propostas, mas, sobretudo na verificação do compromisso político ideológico com as questões étnico-raciais.

Igualdade, respeito à diversidade e Justiça Social.

Os indicadores sociais referentes á vida da população negra mostra a situação de

desvantagens, a qual esta submetida não se restringindo a situação socioeconômica. As desigualdades são fruto de uma estrutura social racista e excludente.

No Brasil, um país de dimensões continentais, os fatores determinantes das condições de pobreza intensificam-se nas diferentes regiões. Segundo dados estatísticos, dos censos e das PNDAs já referidos anteriormente, os negros, majoritariamente, residem nas áreas menos desenvolvidas do país, ou seja, nas regiões Norte e Nordeste.

Na região Norte, o total de negros era de 71%, e na região Nordeste, 65,3%. Nas regiões economicamente mais desenvolvidas é predominante a concentração de população branca; na região Sul, 82,8%, e na região Sudeste, 66%.

O Censo demográfico de 2000 revela que a totalidade da população brasileira é de 169.799.170 milhões de habitantes. Quanto a distribuição étnico-racial da população, permanece quase estável, posto que a população negra continua majoritariamente concentrada nas regiões Norte e Nordeste, representando 67,7% e 66,8% da população, respectivamente. Na região Sul, compõe tão somente 14,9% da população e, na região Sudeste, corresponde a 36,3%.

Especificamente, o Estado de São Paulo em numero absoluto é composto de 37.032.403, que ao desagregá-los étnico-racialmente traduzem a seguinte realidade, isto é; 26.067.368 de brancos, a população negra totaliza 10.148.616 somando o total de pretos e pardos, a saber (1.667.745 de pretos, 8.480.871 de pardos). A população amarela é de 518.278 e a população amarela é a população indígena é de 62.019.

De forma geral, a população negra ocupa no mercado de trabalho as atividades que exigem menos qualificação, encontradas na agricultura, na indústria da construção e na prestação de serviços, e com pior remuneração. O Censo de 2000 informa que o Brasil tem uma população de 169.799.170 de habitantes, deste total 86.233.155 são mulheres e entre a população feminina 37.602.461 são mulheres negras. Ainda que as mulheres formem a significativa parcela de 51% da população brasileira, os indicadores de desigualdades observados com o recorte de gênero e raça continuam confirmando dados assustadores que visibilizam a situação precária das mulheres no acesso à áreas como saúde, trabalho e De acordo com a pesquisa Retrato das Desigualdades – Gênero e Raça, realizada pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada no final de 2005, em 2003, as mulheres recebiam cerca de dois terços do salário dos homens (média de R$ 695,4 para os homens e de R$439,9 para as mulheres). A pesquisa afirma também que mulheres e negros em geral encontram mais dificuldades para ocupar postos de trabalho, sejam eles formais ou informais. Enquanto quase 8% dos homens no geral e 10,6% dos homens brancos encontravam-se desempregados em 2003, esses valores saltavam para 12,4% no caso das mulheres e 12,6% para os negros. O aumento nas taxas de desemprego, entre 1996 e 2003,

se deu de forma mais intensa para mulheres e negros do que para a população branca ou masculina. A pesquisa indica que a melhoria da qualidade de vida e de saúde depende das condições sócio-culturais, políticas e econômicas da população.

Diante desta realidade inúmeros esforços vem sendo realizados para reverter esse quadro e devemos considerar as lutas travadas pelos movimentos negros e de mulheres negras. Destacamos, também, as parcerias realizadas com muitos aliados gestores de políticas públicas e diversos parlamentares. Esse esforço concentra-se na elaboração de políticas públicas que assumem como prioridade a garantia de direitos.

Nossa luta futura é garantir que as políticas de ações afirmativas se transformem em políticas de Estado. Neste momento, em que discutimos os processos sucessórios é de extrema importância nossa participação sugerindo proposta, mas, sobretudo na verificação compromisso político ideológico com as questões étnico-raciais.

4 comentários para “Igualdade Racial – Introdução”

  1. 10 de agosto de 2010 às 6:00 pm

    Rodrigo Ferret
    disse:

    Um ótimo começo, espero que mantenha suas metas quanto eleito.

  2. 11 de agosto de 2010 às 4:17 pm

    rmontoro
    disse:

    Obrigado Rodrigo. Espero que você continue acompanhando a nossa luta. Um abraço,

  3. 8 de setembro de 2010 às 10:19 pm

    Max
    disse:

    Caríssimo Ricardo Montoro…

    Primeiramente gostaria de dizer que tenho acompanhado de perto o trabalho da Secretaria Municipal de Participação e Parceria através das atividades da CONE – Coordenaria dos Assuntos da População Negra. Vejo nessa coordenadoria um instrumento de transformação social e de elevação da auto-estima do povo negro. O trabalho realizado tem gerado ganhos substanciais para a população negra no tocante a educação como o debate sobre a Lei 10.639/93, sobre a questão do trabalho com a Bolsa SENAC e a União Cultural entre outras ações. Do mesmo modo, Não posso esquecer de mencionar a questões dos programas de Combate ao Racismo e de Ações Afirmativas que vem carregados de estratégias de combate as desigualdades raciais e políticas de superação do preconceito étnicorracial. Prova disso é a criação do Centro de Referência de Direitos Humanos e Combate ao Racismo que tem o caráter de proteger e defender a população negra que tenham os seus direitos violados, da prática do racismo e do preconceito racial por meio de ações firmes e positivas que buscam identificar os agressores e propor punições adequadas de acordo com a gravidade da infração cometida.

    Neste sentido, quero parabenizar o trabalho realizado pela SMPP a qual foi muito bem conduzida por vossa pessoa. Sem deixar de mencionar o belíssimo trabalho da CONE.

    Para Finalizar, gostaria de ver entre as suas propostas mais ênfase nas questões voltadas a geração de trabalho e renda, com ações efetivas que promova o desenvolvimento local das periferias das grandes cidades do Estado de São Paulo. É na periferia que estão a maioria de nossa população qual é marginalizada e vivendo um auto grau de periculosidade. Também, onde estão a maioria dos desempregados e, por sua vez, da população que morre com por causas externas. Acreditando que, caso eleito, o seu mandato vá ter especial atenção com essas questões.

    Parabéns e muita sorte no pleito que se aproxima.

    Abraços.

    Max

  4. 8 de setembro de 2010 às 11:51 pm

    Ricardo Montoro
    disse:

    Obrigado Max pelo apoio. Já anotei a sua proposta. Vamos trabalhar neste sentido.
    Um abraço

    Ricardo Montoro

Comente esta Proposta